Já se vai muito tempo... Estamos falando do inicio de 1983. Já tinha a habilitação desde 81, tirada no dia em que completei 18 (fiz as aulas e provas antes de completar 18 anos e a carteira foi expedida no dia do meu aniversário). Eram tempos difíceis para a minha família, Meu pai estava vendendo a sua concessionária (vide outro post nesta seção: " a participação de meu avô..."), as finanças da família não iam bem, ele já havia se desfeito de nossa casa de veraneio em Petrópolis, estávamos de mudança de apartamento, todos em casa começaram a assumir suas próprias despesas, os bons tempos se foram...
Eu estava cursando faculdade estadual (UERJ), então quando comecei a estagiar, dava para poupar um pouco da bolsa de estágio. Era o início da época de inflação galopante, e não se sabia o real valor das coisas e do dinheiro. Ainda no endereço antigo, em Botafogo, eu passava à pé todos os dias por um estacionamento à céu aberto na Rua Farani, ao lado da Biblioteca, em frente a Universidade Santa Úrsula e via um KG verde folha todo empoeirado e com os quatro pneus murchos. Dava dó ver o carrinho naquele estado, mas mesmo maltratado, as suas formas e estilo impressionavam esse então estudante de desenho industrial da ESDI.
Um dia resolvi perguntar para o vigia do estacionamento sobre o carrinho.
Era de um vizinho, que o havia ganho ao entrar na faculdade de medicina em 1969.Imaginem, único dono, abandonado ao tempo naquele estacionamento por falta de espaço na garagem!
Botei na cabeça que o carrinho iria ser meu e passei a pertubar o dono para que ele o vendesse. (primeiro precisava convencê-lo, para depois negociar valores). Foram seis meses de negativas, até que dei o golpe baixo... Disse ao proprietário que infelizmente o futuro do carrinho era sombrio, pois faltava dono para ele, abandonado daquele jeito. Deu certo! e o carrinho veio parar nas minhas mãos pelo valor da época de Cr$ 500.000,00, o que correspondia a 1 bolsa e meia de estágio na época. Foi o meu primeiro carro comprado com meu próprio dinheiro (pena não ter fotos). Era 1969, com quebravento, motor 1500, verde folha, e me acompanhou durante muitas aventuras, até ser vendido após uma rápida reforma por Cr$ 5.000.000,00, cerca de 1 ano depois, para ajudar meu pai. Mas isso é outra história. Passei alguns momentos interessantes com o carrinho, como no dia em que resolvi trocar a forração dele, ou no dia em que perdi os freios descendo Santa Tereza. Conto em seguida...
Eu estava cursando faculdade estadual (UERJ), então quando comecei a estagiar, dava para poupar um pouco da bolsa de estágio. Era o início da época de inflação galopante, e não se sabia o real valor das coisas e do dinheiro. Ainda no endereço antigo, em Botafogo, eu passava à pé todos os dias por um estacionamento à céu aberto na Rua Farani, ao lado da Biblioteca, em frente a Universidade Santa Úrsula e via um KG verde folha todo empoeirado e com os quatro pneus murchos. Dava dó ver o carrinho naquele estado, mas mesmo maltratado, as suas formas e estilo impressionavam esse então estudante de desenho industrial da ESDI.
Um dia resolvi perguntar para o vigia do estacionamento sobre o carrinho.
Era de um vizinho, que o havia ganho ao entrar na faculdade de medicina em 1969.Imaginem, único dono, abandonado ao tempo naquele estacionamento por falta de espaço na garagem!
Botei na cabeça que o carrinho iria ser meu e passei a pertubar o dono para que ele o vendesse. (primeiro precisava convencê-lo, para depois negociar valores). Foram seis meses de negativas, até que dei o golpe baixo... Disse ao proprietário que infelizmente o futuro do carrinho era sombrio, pois faltava dono para ele, abandonado daquele jeito. Deu certo! e o carrinho veio parar nas minhas mãos pelo valor da época de Cr$ 500.000,00, o que correspondia a 1 bolsa e meia de estágio na época. Foi o meu primeiro carro comprado com meu próprio dinheiro (pena não ter fotos). Era 1969, com quebravento, motor 1500, verde folha, e me acompanhou durante muitas aventuras, até ser vendido após uma rápida reforma por Cr$ 5.000.000,00, cerca de 1 ano depois, para ajudar meu pai. Mas isso é outra história. Passei alguns momentos interessantes com o carrinho, como no dia em que resolvi trocar a forração dele, ou no dia em que perdi os freios descendo Santa Tereza. Conto em seguida...
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