Antes de tudo, vamos falar um pouco sobre comandos...
A distribuição, ou seja, o sistema de comando das válvulas é concebido para que cada uma delas abra e feche no momento apropriado do ciclo de 4 tempos, se mantenha aberta o período de tempo necessário para possibilitar uma boa admissão da mistura gasosa, a completa expulsão dos produtos da combustão e funcione suave e eficientemente nos mais variados regimes de rotação do motor.
Há vários processos para atingir estes objetivos. No sistema de balancins acionados por hastes impulsoras os tuchos recebem movimento de uma árvore de comando de válvulas situada no interior do bloco. O virabrequim aciona a árvore de comando de válvulas por intermédio de uma corrente, ou por um conjunto de engrenagens ou ainda por correia dentada, numa relação 2:1, ou seja, enquanto o virabrequim dá duas voltas, a árvore de comando das válvulas completa uma.
Para um bom funcionamento, as válvulas devem, ao fechar, ajustar-se perfeitamente às suas sedes. Para tal, deve existir uma folga entre a válvula fechada e o seu balancin. Esta folga, que normalmente é maior na válvula de escapamento do que na de admissão, tem em conta a dilatação da válvula quando aquecida.
O sistema de ignição deve soltar uma faísca em cada vela no momento preciso, de acordo com a distribuição que faz abrir e fechar as válvulas no momento exato. O distribuidor, que funciona sincronizado com as válvulas, tem por função distribuir a corrente de alta tensão até às velas e é normalmente acionado por engrenagens a partir da árvore de comando ou do vilabrequim. Os motores mais modernos não possuem distribuidores e esse sistema se faz eletronicamente.
A árvore de comando das válvulas está assentada no bloco sobre três ou cinco apoios. Os excêntricos da árvore de comando das válvulas estão dispostos de modo a assegurar a ordem de ignição.
Os projetistas de motores buscam a redução do peso dos componentes da distribuição, a fim de obter um aumento de duração e rendimento em motores funcionando a elevados regimes de rotação. Com este objetivo, utilizam uma ou duas árvores de comando de válvulas no cabeçote. Nas versões mais modernas com 16 e24 válvulas pode-se utilizar até mais comandos.
A ação destas árvores de comando das válvulas sobre as válvulas é logicamente mais direta, dado que nela intervêm menos peças do que no sistema de árvore de comando das válvulas no bloco. Um processo simples de transmitir o movimento do virabrequim à árvore de comando das válvulas no cabeçote consiste na utilização de uma corrente, contudo, uma corrente comprida terá tendência a vibrar, a não ser que apresente um dispositivo para mante-la tensa.
Na maior parte das transmissões por corrente utiliza-se, como tensor (esticador), uma tira de aço comprida ligeiramente curva, por vezes revestida de borracha. Uma mola helicoidal mantém o tensor de encontro à corrente. Um outro tipo de tensor consiste num calço de borracha sintética ligado a um pequeno pistão sujeito a uma ação de uma mola acionada por pressão de óleo. Também se utiliza um braço em cuja extremidade se encontra uma engrenagem dentada livre (ou “louca”) que engrena na corrente, mantendo-a esticada por uma mola.
Alguns automóveis de competição apresentam transmissões por engrenagens entre a árvore de comando de válvulas e o virabrequim. Estes tipos de transmissão são, contudo, muito ruidosos. Uma das transmissões mais recentes para árvores de comando de válvulas no cabeçote utiliza uma correia exterior dentada de borracha. Este tipo de correia, normalmente isento de lubrificação, é fabricado com borracha resistente ao óleo.
Embora tenha sido usual o emprego de balancins junto à árvore de comando para acionar as válvulas, é tendência atual eliminar os balancins e colocar as válvulas diretamente sob a ação dos eixos excêntricos. Algumas árvores de comando de válvulas no cabeçote utilizam tuchos hidráulicos, que são auto reguláveis e funcionam sem folga, sendo assim eliminado o ruído característico de batimento de válvulas.
Um tucho hidráulico compõe-se de duas partes, umas das quais desliza no interior da outra; o óleo, sob pressão, faz com que a haste aumente o comprimento e anule a folga quando o motor se encontra em funcionamento.
Retirado de: http://www.oficinaecia.com.br/biblia...sualizar&cod=8
__________________________________________________ _______________
Seguem as tabelas dos comandos mais utilizados por nós brazucas:
SOBE:
http://forum.fusca4ever.com.br/attac...1&d=1227804185
ENGLE:
http://englecams.com/catalog/new_catalog.php
FEDERAL MOGUL:
São similares aos ENGLE, variando um pouco nos lobes
__________________________________________________ _________________
COMANDOS DE VÁLVULA
A distribuição, ou seja, o sistema de comando das válvulas é concebido para que cada uma delas abra e feche no momento apropriado do ciclo de 4 tempos, se mantenha aberta o período de tempo necessário para possibilitar uma boa admissão da mistura gasosa, a completa expulsão dos produtos da combustão e funcione suave e eficientemente nos mais variados regimes de rotação do motor.
Há vários processos para atingir estes objetivos. No sistema de balancins acionados por hastes impulsoras os tuchos recebem movimento de uma árvore de comando de válvulas situada no interior do bloco. O virabrequim aciona a árvore de comando de válvulas por intermédio de uma corrente, ou por um conjunto de engrenagens ou ainda por correia dentada, numa relação 2:1, ou seja, enquanto o virabrequim dá duas voltas, a árvore de comando das válvulas completa uma.
Para um bom funcionamento, as válvulas devem, ao fechar, ajustar-se perfeitamente às suas sedes. Para tal, deve existir uma folga entre a válvula fechada e o seu balancin. Esta folga, que normalmente é maior na válvula de escapamento do que na de admissão, tem em conta a dilatação da válvula quando aquecida.
O sistema de ignição deve soltar uma faísca em cada vela no momento preciso, de acordo com a distribuição que faz abrir e fechar as válvulas no momento exato. O distribuidor, que funciona sincronizado com as válvulas, tem por função distribuir a corrente de alta tensão até às velas e é normalmente acionado por engrenagens a partir da árvore de comando ou do vilabrequim. Os motores mais modernos não possuem distribuidores e esse sistema se faz eletronicamente.
A árvore de comando das válvulas está assentada no bloco sobre três ou cinco apoios. Os excêntricos da árvore de comando das válvulas estão dispostos de modo a assegurar a ordem de ignição.
Os projetistas de motores buscam a redução do peso dos componentes da distribuição, a fim de obter um aumento de duração e rendimento em motores funcionando a elevados regimes de rotação. Com este objetivo, utilizam uma ou duas árvores de comando de válvulas no cabeçote. Nas versões mais modernas com 16 e24 válvulas pode-se utilizar até mais comandos.
A ação destas árvores de comando das válvulas sobre as válvulas é logicamente mais direta, dado que nela intervêm menos peças do que no sistema de árvore de comando das válvulas no bloco. Um processo simples de transmitir o movimento do virabrequim à árvore de comando das válvulas no cabeçote consiste na utilização de uma corrente, contudo, uma corrente comprida terá tendência a vibrar, a não ser que apresente um dispositivo para mante-la tensa.
Na maior parte das transmissões por corrente utiliza-se, como tensor (esticador), uma tira de aço comprida ligeiramente curva, por vezes revestida de borracha. Uma mola helicoidal mantém o tensor de encontro à corrente. Um outro tipo de tensor consiste num calço de borracha sintética ligado a um pequeno pistão sujeito a uma ação de uma mola acionada por pressão de óleo. Também se utiliza um braço em cuja extremidade se encontra uma engrenagem dentada livre (ou “louca”) que engrena na corrente, mantendo-a esticada por uma mola.
Alguns automóveis de competição apresentam transmissões por engrenagens entre a árvore de comando de válvulas e o virabrequim. Estes tipos de transmissão são, contudo, muito ruidosos. Uma das transmissões mais recentes para árvores de comando de válvulas no cabeçote utiliza uma correia exterior dentada de borracha. Este tipo de correia, normalmente isento de lubrificação, é fabricado com borracha resistente ao óleo.
Embora tenha sido usual o emprego de balancins junto à árvore de comando para acionar as válvulas, é tendência atual eliminar os balancins e colocar as válvulas diretamente sob a ação dos eixos excêntricos. Algumas árvores de comando de válvulas no cabeçote utilizam tuchos hidráulicos, que são auto reguláveis e funcionam sem folga, sendo assim eliminado o ruído característico de batimento de válvulas.
Um tucho hidráulico compõe-se de duas partes, umas das quais desliza no interior da outra; o óleo, sob pressão, faz com que a haste aumente o comprimento e anule a folga quando o motor se encontra em funcionamento.
Retirado de: http://www.oficinaecia.com.br/biblia...sualizar&cod=8
__________________________________________________ _______________
Seguem as tabelas dos comandos mais utilizados por nós brazucas:
TABELAS
SOBE:
http://forum.fusca4ever.com.br/attac...1&d=1227804185
ENGLE:
http://englecams.com/catalog/new_catalog.php
FEDERAL MOGUL:
São similares aos ENGLE, variando um pouco nos lobes
__________________________________________________ _________________
RELAÇÃO COMANDO-CARBURAÇÃO
Antes de mais nada, vai uma relação das possibilidades "convencionais" de carburação plug and play:
1-Solex 30 (retrabalhada)
2-Dupla Solex 30
3-Dupla Solex 32 (básicas)
4-Dupla Solex 32 (retrabalhadas)
5-Dupla Solex 40
6-Weber Simples
7-Dupla Weber
Não vou entrar muito nas especificações de cada bura, de modo que vou citar alguns dos retrabalhos mais comuns, principalmente nos solex.
Modificação na flauta do Solex 30:
http://forum.fusca4ever.com.br/showthread.php?t=1008
Modificação na flauta do Solex 32:
http://forum.fusca4ever.com.br/showthread.php?t=1007
Venturi suplementar nos Solex 32/34:
http://forum.fusca4ever.com.br/showthread.php?t=1851
Troca da base dos solex:
Visa usar uma borboleta de maior diâmetro. Em geral, as bases usadas são as de 34 ou 35mm, oriundas e de outros solex, como os de chevette, por exemplo.
O que seria uma "base":
Ok!, tendo uma visão prévia, isso aqui vai servir como um "qual carburação se adequa a tal comando" e tal tal tal...
Segue agora a análise dos carb/comandos. Para se orientar, use o código de cima para os carburadores e veja as graduações dos comandos nas tabelas citadas.
IMPORTANTE: Vale salientar que, quanto maior a capacidade volumétrica do motor, mais facilmente ele aceitará um comando bravo! Ou seja, um W-125 num 1900 não será a mesma coisa que num 1600...
1-Aceita comandos Até cerca de 270°. Pode-se extrapolar essa margem indo até a casa dos 280°, no entanto, já seria desconfortável o uso desse carburador com esses comandos. Como, em geral, esses comandos apresentam lobes centers com cerca de 108° (1 pra mais ou pra menos) não há escapatória de uma "embaralhadinha" em baixa. Sendo assim, se for usar um desses, prefira os da SOBE, que podem ter os lobes aumentados pra 112° na sua maioria. <CONSIDERANDO O MOTOR UM 1300/1500>
2 e 3-Têm um desempenho bem parecido e um pouco superior ao ITEM 1. Possibilitam o uso do alcool já que seus coletores definem uma distância menor do carburador para entrada do cabeçote. Aceitam comandos até cerca de 290°, sendo mais recomendável o uso dos 284° para uso diário. Muito acima disso (já seria um W-120) pode tornar o uso diário um pouco desconfortável, mas não impossível! Para maiores informações sobre a dupla solex 30, procurem o usuario MCIOLA ou o FuscaAP. Ambos são próximos e o último fabrica o kit pra dupla solex 30 (algo em tornop de 300 reais). <CONSIDERANDO O MOTOR UM 1300/1500/1600>
4-Os trabalhos podem permitir até mesmo o uso de um comando com cerca de 308°! Para tal, siga os passos de retrabalho seguidos acima, afim de conseguir uma dupla Solex 35. Terá um comportamento agressivo em baixa, mas limpará fácil após as 2500 RPM. <CONSIDERANDO O MOTOR UM 1600/1700>
5-Melhor custo x benefício para motores aspirados com uma "pimentinha" a mais. Suportará tranquilamente um comando de pouco mais de 308°, no entanto, essa seria a barreira para um solex 40 sem maiores mudanças.
<CONSIDERANDO O MOTOR UM 1600/1700/1800/1900>
6-Comportamento intermediário ao do item 4 e 5. <CONSIDERANDO O MOTOR UM 1600/1700/1800/1900/>
7-Supra sumo da carburação! O limite do comando será estabelecido com base na capacidade volumétrica do motor e do bura usado (que pode ir do Weber 40-48mm ou até mesmo superiores, como as JayCee 51mm ou Gene Bergs maiores q isso. Podem ser usadas desde um 1600 até um 2300 ou superior.
Ehr...cansei!
Aproveitem
1-Solex 30 (retrabalhada)
2-Dupla Solex 30
3-Dupla Solex 32 (básicas)
4-Dupla Solex 32 (retrabalhadas)
5-Dupla Solex 40
6-Weber Simples
7-Dupla Weber
Não vou entrar muito nas especificações de cada bura, de modo que vou citar alguns dos retrabalhos mais comuns, principalmente nos solex.
Modificação na flauta do Solex 30:
http://forum.fusca4ever.com.br/showthread.php?t=1008
Modificação na flauta do Solex 32:
http://forum.fusca4ever.com.br/showthread.php?t=1007
Venturi suplementar nos Solex 32/34:
http://forum.fusca4ever.com.br/showthread.php?t=1851
Troca da base dos solex:
Visa usar uma borboleta de maior diâmetro. Em geral, as bases usadas são as de 34 ou 35mm, oriundas e de outros solex, como os de chevette, por exemplo.
O que seria uma "base":
Ok!, tendo uma visão prévia, isso aqui vai servir como um "qual carburação se adequa a tal comando" e tal tal tal...
Segue agora a análise dos carb/comandos. Para se orientar, use o código de cima para os carburadores e veja as graduações dos comandos nas tabelas citadas.
IMPORTANTE: Vale salientar que, quanto maior a capacidade volumétrica do motor, mais facilmente ele aceitará um comando bravo! Ou seja, um W-125 num 1900 não será a mesma coisa que num 1600...
1-Aceita comandos Até cerca de 270°. Pode-se extrapolar essa margem indo até a casa dos 280°, no entanto, já seria desconfortável o uso desse carburador com esses comandos. Como, em geral, esses comandos apresentam lobes centers com cerca de 108° (1 pra mais ou pra menos) não há escapatória de uma "embaralhadinha" em baixa. Sendo assim, se for usar um desses, prefira os da SOBE, que podem ter os lobes aumentados pra 112° na sua maioria. <CONSIDERANDO O MOTOR UM 1300/1500>
2 e 3-Têm um desempenho bem parecido e um pouco superior ao ITEM 1. Possibilitam o uso do alcool já que seus coletores definem uma distância menor do carburador para entrada do cabeçote. Aceitam comandos até cerca de 290°, sendo mais recomendável o uso dos 284° para uso diário. Muito acima disso (já seria um W-120) pode tornar o uso diário um pouco desconfortável, mas não impossível! Para maiores informações sobre a dupla solex 30, procurem o usuario MCIOLA ou o FuscaAP. Ambos são próximos e o último fabrica o kit pra dupla solex 30 (algo em tornop de 300 reais). <CONSIDERANDO O MOTOR UM 1300/1500/1600>
4-Os trabalhos podem permitir até mesmo o uso de um comando com cerca de 308°! Para tal, siga os passos de retrabalho seguidos acima, afim de conseguir uma dupla Solex 35. Terá um comportamento agressivo em baixa, mas limpará fácil após as 2500 RPM. <CONSIDERANDO O MOTOR UM 1600/1700>
5-Melhor custo x benefício para motores aspirados com uma "pimentinha" a mais. Suportará tranquilamente um comando de pouco mais de 308°, no entanto, essa seria a barreira para um solex 40 sem maiores mudanças.
<CONSIDERANDO O MOTOR UM 1600/1700/1800/1900>
6-Comportamento intermediário ao do item 4 e 5. <CONSIDERANDO O MOTOR UM 1600/1700/1800/1900/>
7-Supra sumo da carburação! O limite do comando será estabelecido com base na capacidade volumétrica do motor e do bura usado (que pode ir do Weber 40-48mm ou até mesmo superiores, como as JayCee 51mm ou Gene Bergs maiores q isso. Podem ser usadas desde um 1600 até um 2300 ou superior.
Ehr...cansei!
Aproveitem
Comment