Taxa de compressão!
Por que aumentá-la?
Todos devem saber que o aumento da taxa de compressão gera ganho no rendimento térmico do motor, porém este ganho não é diretamente proporcional, ou seja, um aumento de 10% na taxa de compressão não gera 10% de aumento no rendimento térmico, mas algo bem menor que isto.
Já comentei isto anteriormente, mas vejo muitos amigos se perderem neste sentido, achando que aumentar a taxa de compressão trará resultados fantásticos no desempenho. Não trará e poderá comprometer todo o resultado gerando insatisfação, frustração e um sentimento de que dinheiro foi jogado fora.
Aí vem a pergunta:
Mas Vader, e os carros atuais que saem com taxas de compressão de 12,6:1 ; 12,8:1 ou até mais? Eles não tem um ótimo desempenho?
Primeiro... O que é ótimo desempenho?
Potência elevada em rotações elevadas ou torque elevado em rotações médias?
Quem gostar de um motor torcudo que gerará pico de potência ao redor das 5000 a 5500rpms no máximo, pode usar e abusar da taxa.
Agora quem quer um Fusca virador na casa das 7000rpms ou até mais, não exagere neste sentido.
A explicação é bem simples:
Quanto maior a taxa de compressão, maior a tendência da detonação, que muito mais que um ruído tipicamente metálico, é uma onda de choque que pode gerar danos ao motor, além de limitar o desempenho do motor. Isto nos obriga a reduzir o avanço da ignição, ou seja devemos fazer a centelha saltar nas velas um pouco depois, portanto a chama começa depois e termina depois, muitas vezes com o pistão já se afastando do PMS e portanto gerando menores pressões, força, torque e potência.
Quanto mais alta for a rotação, mais o efeito se mostra, até o limite onde a queima ocorre tão tarde que a energia gerada não é suficiente para acelerar o motor chegando ao seu limite de rotação.
Esta rotação limite ocorre independente do comando escolhido, pois de nada adianta um comando de 300 graus por exemplo, se o avanço é tão pequeno que a chama só se propagará eficientemente quando o pistão já estiver descendo, portanto sem grande eficiência térmica.
Se nosso combustível queimasse muito rápido, ou seja, um combustível de elevadíssima velocidade de propagação de chama, este efeito colateral da taxa de compressão elevada não aconteceria, mas isto não existe nas bombas dos postos.
O Etanol é bem melhor que a gasolina e portanto atenua esta situação, além do fato de poder trabalhar com taxas mais elevadas pelo poder anti detonante elevado (equivalente á octanagem), mas a gasolina... esta sofre com a taxa, tanto pela octanagem, como pela baixa velocidade de propagação de chama.
Aí, caso se queira um motor girador com gasolina, esqueça as taxas de compressão muito elevadas. Não funciona!
Um motor com por exemplo taxa de 9:1 na gasolina terá obrigatoriamente um avanço não muito elevado, sob pena de apresentar detonação, daí o resultado em alta rotação ficará limitado por este aspecto e o uso de um comando de alta graduação ficará prejudicado.
Um comando W110 que pode gerar pico de mais de 6000rpms dificilmente gerará picos de potência acima disto. Quanto maior for a taxa pior ficará a situação, até o ponto de que valeria a pena usar o comando da Kombi injetada, afinal o comando muito forte tira torque em baixa e se não temos potência em alta para que o utilizamos?
A decisão é sua, lógico!
Agora se quiser um motor torcudo use taxas mais altas e comandos mais mansos.
Se quiser giro, diminua um pouco a taxa e abuse do comando.
Já li vários (vários mesmo) relatos de pessoas que falaram por exemplo: Meu motor com w110 ou W120 não passa das 5500rpms! O que faço?
Minha resposta. Desmonta tudo e diminua a taxa e “enfia” avanço! Simples assim.
Muitos já rebateram a idéia , e não conseguiram resultados. Quem se rendeu às leis da Física e Química obteve resultado positivo.
Não estou questionando os resultados de ninguém, apenas fico decepcionado quando vejo que alguém esperava um determinado resultado e não o alcança. Meu objetivo é de poder ajudar com a experiência que tenho.
Taxa elevada é muito bom! Bom para motor original, injetado, com sensor de detonação e rodando no álcool com um comandinho que não passa de 260 graus. Saiu disto, devemos rever nossos parâmetros.
Com base no ciclo termodinâmico dos motores Otto, o rendimento térmico varia com a taxa de compressão conforme a equação: n=(1-(1/tc^0,4)), onde n = rendimento térmico e tc é a taxa de compressão. Veja a tabela e o gráfico anexo, que possuem exatamente os valores obtidos desta fórmula que são exatos, assim se por exemplo você tiver um motor 1600 original a gasolina que possui 7,2:1 de taxa de compressão (modelos antes de 1984) e quiser passar ele para 9:1 de taxa com gasolina, ou seja aumentamos 25% a taxa de compressão, o rendimento térmico dele passará de 54,6% para 58,5% ou seja um ganho de apenas 7,1% Este será o ganho de potência deste motor. Contudo eu não gostaria de ver sua expressão na hora de ter que acertar o avanço deste motor, a mistura, etc. para conseguir afiná-lo de modo a conseguir este ganho de 7%!!! Vai bater pino até desligado a não ser que use um avanço pífio!
Por outro lado se você trocar o comando dele por um W100 e não mexer na taxa de compressão e em mais nada, a rotação máxima dele passará de 4400rpm para 5500rpm, ou seja 25% de ganho de rotação.
Como rendimento térmico define linearmente a potência, assim como a rotação, estas alterações respectivamente irão gerar ganhos de 7 e 25% na potência do motor.
Porém como a troca do comando gera aumento de rotações, o avanço deverá subir proporcionalmente, caso contrário não se obterá o resultado esperado e se você exagerar na taxa, o valor gasto no comando foi pro “vácuo”.
Abs.
Por que aumentá-la?
Todos devem saber que o aumento da taxa de compressão gera ganho no rendimento térmico do motor, porém este ganho não é diretamente proporcional, ou seja, um aumento de 10% na taxa de compressão não gera 10% de aumento no rendimento térmico, mas algo bem menor que isto.
Já comentei isto anteriormente, mas vejo muitos amigos se perderem neste sentido, achando que aumentar a taxa de compressão trará resultados fantásticos no desempenho. Não trará e poderá comprometer todo o resultado gerando insatisfação, frustração e um sentimento de que dinheiro foi jogado fora.
Aí vem a pergunta:
Mas Vader, e os carros atuais que saem com taxas de compressão de 12,6:1 ; 12,8:1 ou até mais? Eles não tem um ótimo desempenho?
Primeiro... O que é ótimo desempenho?
Potência elevada em rotações elevadas ou torque elevado em rotações médias?
Quem gostar de um motor torcudo que gerará pico de potência ao redor das 5000 a 5500rpms no máximo, pode usar e abusar da taxa.
Agora quem quer um Fusca virador na casa das 7000rpms ou até mais, não exagere neste sentido.
A explicação é bem simples:
Quanto maior a taxa de compressão, maior a tendência da detonação, que muito mais que um ruído tipicamente metálico, é uma onda de choque que pode gerar danos ao motor, além de limitar o desempenho do motor. Isto nos obriga a reduzir o avanço da ignição, ou seja devemos fazer a centelha saltar nas velas um pouco depois, portanto a chama começa depois e termina depois, muitas vezes com o pistão já se afastando do PMS e portanto gerando menores pressões, força, torque e potência.
Quanto mais alta for a rotação, mais o efeito se mostra, até o limite onde a queima ocorre tão tarde que a energia gerada não é suficiente para acelerar o motor chegando ao seu limite de rotação.
Esta rotação limite ocorre independente do comando escolhido, pois de nada adianta um comando de 300 graus por exemplo, se o avanço é tão pequeno que a chama só se propagará eficientemente quando o pistão já estiver descendo, portanto sem grande eficiência térmica.
Se nosso combustível queimasse muito rápido, ou seja, um combustível de elevadíssima velocidade de propagação de chama, este efeito colateral da taxa de compressão elevada não aconteceria, mas isto não existe nas bombas dos postos.
O Etanol é bem melhor que a gasolina e portanto atenua esta situação, além do fato de poder trabalhar com taxas mais elevadas pelo poder anti detonante elevado (equivalente á octanagem), mas a gasolina... esta sofre com a taxa, tanto pela octanagem, como pela baixa velocidade de propagação de chama.
Aí, caso se queira um motor girador com gasolina, esqueça as taxas de compressão muito elevadas. Não funciona!
Um motor com por exemplo taxa de 9:1 na gasolina terá obrigatoriamente um avanço não muito elevado, sob pena de apresentar detonação, daí o resultado em alta rotação ficará limitado por este aspecto e o uso de um comando de alta graduação ficará prejudicado.
Um comando W110 que pode gerar pico de mais de 6000rpms dificilmente gerará picos de potência acima disto. Quanto maior for a taxa pior ficará a situação, até o ponto de que valeria a pena usar o comando da Kombi injetada, afinal o comando muito forte tira torque em baixa e se não temos potência em alta para que o utilizamos?
A decisão é sua, lógico!
Agora se quiser um motor torcudo use taxas mais altas e comandos mais mansos.
Se quiser giro, diminua um pouco a taxa e abuse do comando.
Já li vários (vários mesmo) relatos de pessoas que falaram por exemplo: Meu motor com w110 ou W120 não passa das 5500rpms! O que faço?
Minha resposta. Desmonta tudo e diminua a taxa e “enfia” avanço! Simples assim.
Muitos já rebateram a idéia , e não conseguiram resultados. Quem se rendeu às leis da Física e Química obteve resultado positivo.
Não estou questionando os resultados de ninguém, apenas fico decepcionado quando vejo que alguém esperava um determinado resultado e não o alcança. Meu objetivo é de poder ajudar com a experiência que tenho.
Taxa elevada é muito bom! Bom para motor original, injetado, com sensor de detonação e rodando no álcool com um comandinho que não passa de 260 graus. Saiu disto, devemos rever nossos parâmetros.
Com base no ciclo termodinâmico dos motores Otto, o rendimento térmico varia com a taxa de compressão conforme a equação: n=(1-(1/tc^0,4)), onde n = rendimento térmico e tc é a taxa de compressão. Veja a tabela e o gráfico anexo, que possuem exatamente os valores obtidos desta fórmula que são exatos, assim se por exemplo você tiver um motor 1600 original a gasolina que possui 7,2:1 de taxa de compressão (modelos antes de 1984) e quiser passar ele para 9:1 de taxa com gasolina, ou seja aumentamos 25% a taxa de compressão, o rendimento térmico dele passará de 54,6% para 58,5% ou seja um ganho de apenas 7,1% Este será o ganho de potência deste motor. Contudo eu não gostaria de ver sua expressão na hora de ter que acertar o avanço deste motor, a mistura, etc. para conseguir afiná-lo de modo a conseguir este ganho de 7%!!! Vai bater pino até desligado a não ser que use um avanço pífio!
Por outro lado se você trocar o comando dele por um W100 e não mexer na taxa de compressão e em mais nada, a rotação máxima dele passará de 4400rpm para 5500rpm, ou seja 25% de ganho de rotação.
Como rendimento térmico define linearmente a potência, assim como a rotação, estas alterações respectivamente irão gerar ganhos de 7 e 25% na potência do motor.
Porém como a troca do comando gera aumento de rotações, o avanço deverá subir proporcionalmente, caso contrário não se obterá o resultado esperado e se você exagerar na taxa, o valor gasto no comando foi pro “vácuo”.
Abs.
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